domingo, 27 de fevereiro de 2011

A SERPENTE E O VAGALUME


Eu já conhecia essa fábula, mas achei incrível a forma como o poeta Merlânio Maia a escreveu e principalmente o final inédito e criativo. Fantástico!

Quantas de nós já não se viu perguntando a si mesma porque determinadas pessoas fazem isso ou aquilo, nos fazem sentir-nos injustiçadas, atacadas, feridas, ou pior, erroneamente julgadas?

As vezes é isso... simples assim.
Como a fábula.


A SERPENTE E O VAGALUME
Merlânio Maia

Conta a lenda muito antiga
Que um vagalume brilhava
E a sua luz espalhava
Quando vê que de repente
Uma serpente o seguia
Se o vagalume pousava
O diabo da cobra estava
De tocaia renitente

E o pobre do vagalume
Subia e depois descia
E a serpente não desistia
Na sua ânsia voraz
Armava o bote e errava
A feroz perseguidora
E aquela luz voadora
Viu que lhe faltava a paz

É quando num bote errado
A serpe escorrega e cai
Logo o vagalume vai
E lhe fala sorridente
- Posso lhe fazer três perguntas?
E a cobra geme na areia
- Faço parte da cadeia
Alimentar da serpente?

- Não! Lhe diz a predadora
- Eu já te fiz algum mal?
- Também não! Diz o animal
- Então por que tal maldade?
E a cobra responde, então:
- Sou um bicho escuro e feio
Por isso invejo e odeio
Sua luminosidade!

O Vagalume voando
Brilhou mais, subiu ao céu
E a prima da cascavel
Na areia se contorceu
Veio a noite e as estrelas
Brilhavam quais vagalumes
E a cobra entre os estrumes
De ódio e inveja enlouqueceu!



Muita luz no caminho de todas!
E se a cobra aparecer... desvia dela!
... Ela acaba caindo num buraco cheio de estrume e sosinha envelhece doida.

Tashi Delek

;)

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Burlesque, Bellydance ou que Raios Misirlou ?

Ainda na fase de rir da vida... O que é isso?
Conheço pouco de Burlesque, mas acho que isso aí não é nem um nem outro (ou seria outrA! Dança do ventre, Misisrlou, algo familiar para você??)

Salve-nos Shaide da ignorância ou... nem sei! rs...

Divirtam-se!!! Mas pelo "amoredideusi" não façam os gritinhos!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Diversão também é preciso

Com vocês, numa versão retrô anos 80... a nova formação da Suheil Dance Co. para 2011
( Suheil Sorriso, Nizaderré, Lacrainha, Lumbriguets e Linita botox)

Afinal, se divertir faz parte.


Oração a São Miguel Arcanjo



quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Qual a imagem que você quer passar?

Hoje acordei azeda. Não estava assim, mas fiquei. Desculpe se sou careta demais, se estou retrógrada ou se ainda tenho na veia os ensinamentos clássicos que me foram passados. Mas o fato é que me irrito, e muito, com determinadas posturas (que deveriam ser) profissionais.

Aprendí e continuo repassando as minhas alunas, referências do tipo:

• "a dança já é sensual por sí só, a bailarina não precisa se expôr em trajes transparentes ou com fendas muito abertas ..."

• "você já está cheia de brilhos, maquiagem, glamour... evite caras e bocas"

• "o preconceito que ronda nossa arte deve ser combatido com atenção, perseverança e ações positivas"

• "não alimente o conceito sexual da dança com posturas permissivas"

• "onde se ganha o pão não se come a carne"

• "não olhe em olhos masculinos durante sua apresentação, você não está alí para seduzir macho algum"

• "transmita alegria, emoção... e não sexualidade"

... e assim eu poderia seguir com mais de 21 anos de frases aplicadas em minhas salas de aula, tentando eternamente valorizar o contexto desta tão amada e respeitada (por mim) arte.

Fico um tanto perdida, desorientada mesmo, ao ver "novas Divas" da dança, sendo adoradas pela nova geração, com seus corpos perfeitos e leituras musicais questionáveis; com seus figurinos riquíssimos que mostram a calcinha; e assim por diante...

Será que tô ficando velha da cabeça? Retrógrada?
Mas ao se deparar com a foto abaixo, o que vem na sua mente?

Bailarina Angeles, da Argentina, em exposição no seu facebook

Estou eu lá, no camarim, pronta pra entrar em cena ao ser chamada. Por baixo do meu traje, o famoso "calçolão" cor da pele, que nao marca nem a roupa nem o bumbum... enquanto minha colega, a mesma da foto acima, trocava a sua por um fio dental vermelho, justificando que esta aparecia melhor na fenda central do seu traje de lycra de oncinha coladíssimo, quando ela levantasse a perna. Ficaria mais sexy... E eu fico calada, em choque.

Ah... bons tempos... Lembro de minhas musas inspiradoras, todas cobertas por segundas peles, as vezes com aqueles cabelões de vassoura piaçava típica das egípcias (desculpa a honestidade!), saiões rodados que tornam positivos os culotes indesejáveis, franjas e brilhos que dançam junto aos tremidos de quadris...

Uma de minhas Divas favoritas, Nagoua Fouad
Descoberta, mas sutilmente coberta...

Não estou aqui para julgar ninguém, por favor não me má interpretem! Cada um é dono de seu corpo e principalmete de sua consciência. Tem pai e mãe que babam ao ver a filha capa da revista Playboy. Meu pai me matava. Minha mãe morria! Tem rainha da bateria em carnaval, que preza pela elegância (Luiza Brunnet, Adriane Galisteu,...) enquanto outras literalmente aproveitam a aproximação das câmeras para colocar o "fiofó" na mira de milhões de espectadores. Isto é livre-arbítrio.

Livre arbítrio sim, mas tenho opinião própria.

Não acho que a imagem da bailarina de dança do ventre, tenha que ser a da "gostoza do pedaço". Aliás, sempre achei que isso na verdade, não ajuda em nada, e sim, atrapalha! Se você construir a sua carreira sob este aspecto e imagem, como será quando sua idade avançar e seu corpinho já não estivar assim tão certinho? Digo por experiência própria, aos 40 anos, passando por uma terrível crise de hipotiroidismo e com a agenda (inshalah!) lotada.

Serão estes os novos tempo?
Será realmente esta a imagem que esta nova geração de bailarinas busca para a sua auto-promoção?

É...
Se a resposta é SIM, acho que minha aposentadoria da dança virá antes do programado...

;(

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Folclore. Dançar ou não dançar? Novidade ou só mais uma esquisitisse?

Venho hoje pedir a opinião das queridas seguidoras deste meu humilde blog.

O vídeo abaixo é um resumo da minha participação no show Jalilah Raks 2010, que aconteceu em dezembro passado.

A pedido da contratante, a competentíssima bailarina e professora Jalilah, levei ao palco além de uma clássica, 2 folclores: Haggala, que havia sido tema de workshops ministrado poucos meses antes e um Raqs Assaya com 2 bastões, visto que este era o tema solicitado para o workshop do dia seguinte.

Para as meninas que fizeram (e ainda fariam) os works de folclore, foi um sucesso. Muitos elogios, alegria em assistir algo que muitas desconheciam, enfim, tiro certeiro.

A platéia composta em sua maioria por amigos e familiares das alunas e poucos desconhecidos admiradores locais, parece ter gostado - é pelos aplausos que eu costumo medir a aceitação de uma performance...

Mas aí vêm os pseudo-críticos de plantão. Eles sempre aparecem!
Não me refiro a críticas construtivas, pois estas são bem vindas sempre!

Refiro-me a críticas do tipo: "Esse Haggala foi nada a ver, a platéia não entendeu nada! Tinha um libanês lá que ficou abismado!" - tinha que ficar mesmo, porque a Líbia faz divisa com o Egito perto de Marsa Matruh, berço do Haggalla... e o Líbano é do outro lado!

Ou ainda: "Credo, a Suheil ficou imitando o Tito!" - não, minha inspiração é e continua sendo, desde os últimos 23 anos, Fifi Abdo. Não acho que eu tenha a capacidade de imitá-la. Meu bom senso não permite. E tenho espelho em casa, claro! Homenageá-la sim, cabe na minha modéstia faculdade. Faço sempre. Amo. Então me faz um favor? Se vai dizer que imitei, ao menos acerte o alvo da acusação. Vai estudar né, criatura?!


Para comentários levianos do tipo "fulana está assim, assado,..." , recomendo e pratico a "ignorabilização imediata". Já ouviu falar ? Vamos mulheres cheinhas, a dança também vos pertence!!!

Pois é... que o veneno anda solto por aí de mãos dadas com a maldade humana... não é de hoje, todo mundo sabe. Mas também tem muita gente competente ajudando a crescer no caminho.

Como definir as críticas? Em quais delas acreditar? Como não se tornar arrogante perante tantas leviandades proferidas? Qual é o floral que a gente toma pra não esganar umas criaturas assim? Iiiiiiii... Tudo isso dá um bolão!


Primeiro chute, começo de jogo:
O que quero disso hoje é a resposta para o que há de positivo neste fato (o lado que de fato interessa!). Por favor respondam:

- Afinal, dançar folclore em eventos de fim de ano das escolas e similares, mesmo sabendo que muitos na platéia não sabem do que se trata, vale a pena??
- A platéia leiga consegue distinguir se é uma novidade (oba!) ou só mais uma de nossas esquisitisses?
- Você é a favor ou contra esta propagação cultural nestes espetáculos? Se contra, aonde então devemos apresentá-los?

OPAAAA! É claro que antes anuncia-se um pequeno release da modalidade ou distribui-se um programa escrito, isso é prache né professoras? Rs... Please, vamos além disso...

O vídeo: clássica, haggala e said



Bjks e obrigada por deixar seu comentário!
;)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Chamada para Boa Vista

Desculpem o desaparecimento da postagem abaixo, mas havia um erro crucial no video, que foi refeito e agora está aqui! Obrigada Lessiana e até breve Boa Vista! Bjk, Suh

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